domingo, 27 de setembro de 2009

Vê, estão voltando as flores...





Agora vai! Parece que a primavera espantou sem dó nem piedade os dias cinzentos e frios que pairavam pela cidade. O sol chegou de mansinho, tímido até, mas fez valer sua condição de astro rei e agora reina absoluto mostrando que voltou para ficar.

Curioso que sempre passamos pelos mesmos lugares nos mesmos horários com a mesma pressa cotidiana, mas tudo fica mais aprazível quando o dia está bonito. Outro dia mesmo passei por um Ipê amarelo inteiro florido lindo, e a claridade do dia me acusava de só ter olhos para ele porque o dia estava brilhante, pudera com a chuva dos outros dias era melhor olhar para o carro da frente mesmo!



Flores em botão

Mas agora tudo está bem, buscar as crianças na escola já não requer mais equipamento de mergulho e ao sair para jantar dispensamos o casaco de 2 toneladas e meia! As pessoas estão de melhor humor e o sorriso já é mais fácil (talvez pela dificuldade de descongelar o músculo facial para dar uma risadinha). Os casais apaixonados aplaudem a primavera e brindam o amor, as crianças nos parques, clubes e mesmo no quintal não entendem muito bem o por quê, mas estão com mais disposição e brincam até mais tarde!

Sem falar nos pássaros que nos presenteiam com sua melodia sem sequer pedir aplauso ou atenção. E digo isso com propriedade pois escrevendo esse post, me deparei com um beija-flor, sem a menor cerimônia paquerando as flores do meu manjericão! E é assim que a primavera se manifesta, com dias lindos, sem aquele calor cansativo e música e flores por todos os lados.


Flores de manjericão perfumam a varanda

Pelo menos na minha delicada pessoa a primavera tem consequências maravilhosas... Ontem mesmo meu marido perguntou onde iríamos jantar e a resposta foi pronta e sumária – Em casa!!! Não resisti a frescura do agrião que estava lavadinho na geladeira e nem àquele ementhal que me presenteei no Mercadão. E lá fomos nós dois para a cozinha cantarolando e aos poucos vendo surgir nosso rigatoni ao pesto de agrião e escalopinho com molho ementhal. Foi uma deliciosa noite de primavera!

Segue a receita:





Pesto de agrião

300 g de massa de sua preferência cozida al dente em água e sal.

1 xícara de folhas de agrião (confesso que escaparam alguns pequenos talos)
½ xícara de nozes descascadas
½ xícara de queijo pecorino
½ xícara de azeite de boa qualidade (usei um grego, com 0,4% de acidez que também me preseentei no Mercadão)
½ dente de alho
sal a gosto

No processador, coloque todos os ingredientes menos o azeite. Ligue e derrame o azeite em fio. Como gosto dele mais rústico não bati muito. 2 minutos depois... Prontinho para sua massa.

Misture na pasta já cozida e seja feliz!


Molho ementhal

3 colheres de sopa de manteiga de boa qualidade
500 ml de creme de leite fresco
100 g de queijo ementhal
1 cebola partida ao meio
1 dente de alho esmagado, mas inteiro
sal e pimenta branca moída na hora a gosto

Derreta em uma panela de fundo grosso a manteiga em fogo baixo, acrescente o creme de leite, os pedaços de cebola e o alho. Quando levantar fervura retire as cebolas e o alho, coloque o queijo mexendo sempre até estar totalmente derretido. Espere dar o ponto de napê médio (aquele que ao mergulhamos a colher, conseguimos, na parte de traz fazer um caminho sem que ele se feche). Está pronto para seu escalope!

Deixo vocês por aqui nesta linda tarde de sol e cantarolando me vou...
Vê, o sol iluminando, por onde nós vamos indo...
beijinhos,
Dani

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

É impressionante!!!




Ontem folheando despretensiosamente um livro de artes aqui em casa, lembrei me porque o comprei. Foi um presente que dei a meus fofos olhinhos!!! Mergulhei nas obras de um de meus pintores preferidos – Auguste Renoir. É realmente impressionante, ou seria impressionismo? Les deux!



Café da manhã pour Renoir



Café da manhã nos dias de hoje em Limoges
                                                                       

Natural de Limoges – França, cresceu em uma família humilde mas com muita raça, ninguém desistia naquela casa... A exemplo disso, quando fez 23 anos, pegou suas economias e rumou a Paris (que chatice partir para a cidade luz!). Embora Manet declarasse que ele havia de desistir pois não tinha talento para a pintura, Renoir não se deu por vencido, ergueu sua celebre cabecinha e foi aceito na Escola de Belas Artes de Paris – está bom?



Ponte em Limoges.


Acho que para ele era pouco. Rejeitado pelo Salão Oficial das Artes, não se deu por vencido e insistiu. Desta vez a sua “Lise” foi admitida pelo Salão. Incansável em suas caminhadas pelo Louvre, sempre estava ligado às artes e ao impressionismo, estilo novo que havia adotado e que corajosamente apresentava em suas telas sem muita anuência da crítica! Até aí, nenhum gênio foi compreendido na sua época, certo? Errado!


Cores de Renoir


Renoir foi ganhando fama, e enfim pôde ver suas obras expostas no Louvre, sua segunda casa! E foi justamente revendo suas pinturas, que me inspirei na cozinha de Limoges e de suas belas paisagens para fazer um prato simples mas com uma carinha de interior da França e, que como em uma pintura impressionista, combinasse as cores de maneira muito feliz, e no meu caso, deliciosamente!


Utilizando os ingredientes magníficos que esta cidade nos presenteia e que por sorte é época aqui no Brasil resolvi agregar legumes, algum cogumelo (que nessa região francesa são muito variados), e um fruto do mar. Hoje em mais uma visita ao mercadão, me rendi ao camarão vermelho médio.

Segue a receita.





Camarão com fatias de legumes e funghi


1 beterraba
1 abobrinha
1 cenoura
4 tomates italianos
1 colher de sopa de funghi
4 camarões vermelhos médios
Azeite, vinagre de vinho branco de boa qualidade, sal e pimenta branca moída na hora



Hidrate o funghi e refogue com um pouco de azeite e sal. Escorra e deixe separado.

Passe os vegetais (menos os tomates) pelo ralador criando fatias bem finas. Leve as fatias de beterraba no microondas por 30 segundos e reserve. Branqueie as rodelas de abobrinha e de cenoura, reserve também.

Pique o tomate em cubos pequenos.

Cozinhe os camarões em água temperada com sal e pimenta. Retire do fogo e deixe na água até o momento de montar o prato.

Em um prato de sobremesa coloque as fatias de beterraba primeiro, depois as de abobrinha e por fim as de cenoura. Faça uma 'cama' com os tomates. Coloque o funghi na curva do camarão e o coloque em cima dos tomates.

Faça uma mistura de azeite, sal, pimenta e vinagre e regue a prepação.

Voilà, c'est ça!!!

Espero que gostem e que se inspirem...
beijinhos,
Dani

sábado, 19 de setembro de 2009

Bonjour New Year!




Olá Chères, nada como um lindo dia de sol para começar um ano cheio de luz. Daí a brilhante máxima de Guillaume Apollinaire, 'todos os homens amam a luz antes de tudo; eles inventaram o fogo'. Realmente começar o dia assim, com o grande astro sorridente, não tem preço (máxima da mastercard!).






E como promessa é dívida (máxima popular!) aqui vai a receita e as fotos do bolo de maçã com mel que fiz hoje de manhã.


Coloquei spray de ouro por cima dos detalhes mas infelizmente não é tudo que a fotografia reproduz veramente! Fico devendo o efeito dourado e o cheiro que tomou conta da casa!


Diversão e deleite garantidos!

Segue a receita. 





Bolo de maçã de Rosha Shana
(lekach)



200g de farinha
45g de açúcar
1 colher de café de bicarbonato de sódio
gengimbre, canela, 5 épices – a gosto
60g de óleo de girassol
250g de mel
3 ovos
60g de suco de maçã


Pré aqueça o forno à 180ºC e unte uma forma de bolo.

Em uma vasilha misture a farinha, o açúcar, o bicarbonato e as especiarias.

Faça um buraco e derrame o óleo e os ovos batendo suavemente com um fuet. Adicione ainda mexendo,o mel e o suco de maçã até obter uma massa lisa e sem caroços.

Derrame a massa na forma e leve ao forno por 25 minutos, gire a forma 180 graus e deixe assar por mais 15 ou 20 minutos ou até que bolo esteja com uma bela cor caramelo e que, ao enviar um palito de dente, este saia seco.


Pour hoje é isso,
Beijos,
Dani

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Feliz ano novo, de novo!!!






É Rosh Hashaná! Daqui a pouco poderemos ouvir o Shofar... Lindo e soberano anunciando o Ano Novo Judaico. É, mais um ano novo... Essa é a magia de viver em um país que recebe a todos de braços abertos. Várias comemorações quase que ao redor do mesmo tema em um único ano.



Eu, embora nascida católica, casei com um judeu, me converti por convicção e após anos de casada descobri que as raízes de minha mãe são também da Terra Santa! Amei a novidade e, minha mãe? Já reivindica um seu pedaço do Mar Morto (rs)!


As comemorações judaicas são festivas e cheias de energia e, como não podia faltar: comidas típicas... As da Oma (avó paterna do meu Xuxu) são imbatíveis, side by side com as da minha sogra e eu, mera aprendiz de yiddish mama... Tenho até vergonha de falar sobre minhas experiências na cozinha d’além mar...






No ano novo judaico é tradição comermos maçã com mel, doces de maçã, ou a fruta com açúcar, crença que nos oferece um ano doce... Uma vez tentei fazer a torta de maçã da Oma, em vão obvio, não ficou igual! Mas, como sou teimosa e não desisto fácil, vou tentar desta vez um bolo de mel com maçã (Lekach) que gosto muito! Hoje, malheureusement, não será possível, pois em breve estaremos rumando a Sinagoga e depois comilança na casa de uma tia.



Mas amanhã... Prometo que tento o bolo para acompanhar o sorvete de panna cotta e de nozes que fiz hoje para levar no almoço da sogra (que responsa!).


Bom, desejo a todos, independente da crença, fé ou seita em que acreditem, um feliz ano novo, de novo. Doce, leve e feliz como devem ser nossos dias, semanas, meses e anos!!!





Shaná Tová Umetuká (feliz ano novo, doce)
Sweet kisses,
Dani

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Não provoque, é cor de rosa choque!

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Historinha engraçada essa de meninas e a cor rosa! Lembro me de quando criança tinha loucura pela cor e queria que tudo fosse cor de rosa... Dividia o quarto com uma de minhas irmãs e não resta dúvida – over dose de rosa – cortina, edredom, gavetas, puxadores, estofado da cadeira. Curioso, o mesmo seguia com nossas amigas!
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Nunca ninguém conseguiu explicar o fascínio dessa cor pelas garotas, o primeiro batom, os laços do cabelo, a camiseta preferida... Tudo rosa! Claro que sempre vai haver a pessoinha do contra que dirá – eu jamais gostei de rosa! – again, gosto não se discute!
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Os meninos mais objetivos, ou mais democráticos consigo mesmos, já povoavam o imaginário com diversas cores, bien sûr, o azul segue vencedor na preferência dos garotos, mas eles não dispensam o verde, o laranja e o amarelo. E nós fofoletes... Rosa, pink, maravilha (que velha!!!), sulferino (piorou!) e claro, rosa choque!

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Que época gostosa aquela que até o chiclete era rosa! Mas o tempo passa, surgem as responsabilidades, a idade adulta, e nosso deslumbramento com o rosa se perdeu em algum lugar entre o fim da infância e o começo da adolescência. Deixando seu legado para as novas fadinhas que nascem todos os dias no nosso mundinho!
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Como não podemos nos fantasiar (infelizmente) de Barbie Butterfly, achei interessante nos presentear com algo rosinha, lindo, mas que as meninas crescidinhas possam se esbaldar sem ouvir que enfrentam uma infância tardia. Queridos, não provoquem é cor de rosa choque!
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Lembram do poste do disperdício, então, juntei o útil ao agradável. Uma das farinhas de biscoito de Reims que eu tenho ia vencer e eu precisava de algo muuuuito rosa para hoje! Adivinhem...

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Amaretti Cor de Rosa

4 claras de ovo
200 g de farinha de biscoito rosa de Reims
150 g de farinha de amêndoa
3 à 4 gotas de extrato de amêndoas
300 g de açúcar de confeteiro
+ 100 g de açúcar de confeiteiro para polvilhar
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Pré aqueça o forno à 200º C.
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Bater as claras em neve, mas não muito firme.
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Encorpore 300 gramas de açúcar de confeteiro e continue batendo. Acrescente as 200 gramas de farinha de biscoito junto com toda a farinha de amêndoa e misturando delicadamente com o auxílio de uma espátula, derrame as gotas da essência e continue a incorporar.
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Faça os amaretti a mão no tamanho de meia colher de sobremesa. Dê um formato irregular, em forma de rocha e cubra os biscoitinhos com o restante do açúcar.
Coloque os amaretti em uma assadeira forrada com papel manteiga e deixe assar por 5 à 10 minutos à 200 graus.
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Deixe esfriar e coloque em um pote hermético ao abrigo da umidade. Conserva por 1 ano.


Este post foi em homenagem a todas as Penélopes Charmosas que ainda existem dentro de nós...
Espero que gostem.
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Beijinhos
Dani

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Meu limão, meu limoeiro

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Como já disse há alguns postes, tenho um lado Poliana bem acentuado na minha pessoa. Que bom! Tem dias as coisas parecem não dar certo, nada se encaixa e não existem boas notícias, claro que sempre arrumo um agradinho com o marido ou com os baixinhos, e na ausência deles ainda tenho meu barrigão de 7 meses para acariciar! (ainda é meu, só meu, muuuuito meu! rs)


Mas vamos combinar que todas essas contradições cotidianas, nos dias de hoje, não são novidade. Charles Chaplin já satirizava o capitalismo europeu em 1936. Bien sûr, que achamos o máximo nosso carro flex, nosso celular com tela de cinema e todas as modernidades que nos estão a mãos. Eu adoro todas elas!

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Porém tem dias que eu penso, vou pegar a family e vou-me embora para Parsagada! Ou para o meio do mato mesmo. Quando recobro o juízo depois de alguns minutos, vejo que isso é impossível. Já somos reféns da vida que temos e dos planos que já trançamos (Poliana quem vos fala!).

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Então, se a vida lhe oferece limões, faça uma limonada. Ou quem sabe uma torta de limão! Foi o que fiz ontem. Testei uma massa com farinha de amêndoas que ficou macia mas compacta, bem gostosinha! Também testei pela primeira vez, um buttercream de limão siciliano que há séculos eu tinha a receita mas morria de medo de fazer pois achava que iria talhar, não talhou e ficou fantástico! e para finalizar para o miolo sobrou aquele mousse de limão que todo mundo tem a receita.
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Eu fiz uma versão individual para fazer uma graça para o maridão que chegou podre de cansado, mas na verdade dá para fazer em tamanho maior.
 
Aqui vai a receita.
 
Torta de amêndoas e limão
 
Para a massa:
 
1 lata de leite condensado
1 lata de creme de leite sem soro
1 xícara de farinha de amêndoas
2 ovos
2 colheres rasas de sopa de açúcar
1 colher de chá de extrato de baunilha
 
Bata todos os ingredientes no mixer (para mim, modernidade indispensável) divida em dois refratários de mesmo tamanho umtados e, leve ao microondas em potência alta por 8 minutos. (fiz um de cada vez para caber no meu micro). Retire do forno e desenforme imediatamente. Reserve
 
Para a mousse:
 
1 lata de leite condensado
3 colheres de sopa de creme de leite
1/2 xícara de chá de suco de limão
 
Coloque todos os ingredientes no mixer (olha ele de novo) e bata até atingir consistência de mousse. Leve a geladeira por 5 minutos.
 
Para o Buttercream de limão siciliano
 
1/2 tablete de manteiga sem sal amolecida
raspas de 1 limão siciliano
1 colher de sobremesa de extrato de baunilha
250 gramas de açúcar de confeiteiro
1/4 de xícara de chá de leite
3 colheres de sopa de suco de limão siciliano
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Bata na batedeira os 3 primeiros ingredientes por 2 minutos, acrescente metade do açúcar, o leite, e na sequência o restante do açúcar. Bata por 3 minutos em velocidade alta. Retire da batedeira e acrescente o suco aos poucos, mexendo a cada adição.
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Montagem
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Coloque uma das bases da massa em um prato, margeie as bordas utilizanndo um bico de confeiteiro deixando um buraco no centro.
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Complete o buraco com o mousse de limão.
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Coloque a outra massa por cima e polvilhe açúcar de confeiteiro ou impalpável por cima.
Voilà! Prontinha. Não leva mais do que 20 minutos...
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Tenham um dia doce...
beijinhos,
Dani

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Vózinhas de boa memória

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Tenho acompanhado e, a bem da verdade, invejado um pouco, muitas pessoas bacanas que falam com muito carinho das receitas extraídas dos cadernos de receita de avós e até mesmo de avôs...
Inúmeros companheiros de cozinha, tem a felicidade de dizer que vasculhando o caderno de receitas de suas avós encontraram tal receita (aliás são sempre um sucesso!) e que seguiram a risca ou que mudaram um pouco... Mas sempre tem uma receita antiga.
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Comigo isso não acontece, com tristeza no coração digo, que minhas avós tinham memória de elefante, tinham suas receitas todas guardadas na cachola, motivo pelo qual padeço hoje em dia. Até arrisquei dias atrás perguntando a minha mãe se a vovó não tinha mesmo um caderno de receitas e ela sumariamente me disse que não!
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Claro que sempre há uma receita ou outra que transcenderam as gerações e mesmo com descendentes que não são amantes da culinária (minha doce mãe, no caso) ainda consegui reaver algumas que ela se lembrava, pois ajudava a Nona a fazer. Algumas já postadas por aqui.
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Levando em conta toda essa história, resolvi mostrar como sou diferente e, como minha cachola de 2 MG me ajuda a gravar todas as receitas que gosto e testo. Primeiro, tenho arquivos salvos no meu computer em pastas com nomes de regiões que gosto.

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A primeira foi ‘Provence’, quando já alcanço um número elevado de receitas, gravo em CD com o mesmo nome e índice em ordem alfabética na parte de traz.
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Imprimo cada uma delas e coloco em uma pasta, aquelas com plástico dentro. Ficam bonitas e bem protegidas das manchas de ingredientes que, no meu caso, sempre teimam em cair em cima da receita.

                                       
Agora já estou rumando para a Toscana, quisera eu fosse a viagem, é o segundo CD, com novas receitas, e assim vai... Espero que um dia possa passar toda essa parafernália para minha neta ou para minha sobrinha, que com 13 anos já demonstra grande interesse pelo assunto.
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Bem, hoje fico devendo a receita mas logo, logo trago alguma novidade.
beijinhos a todos,
Dani

sábado, 5 de setembro de 2009

Um charme de cerjinha

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O que mais me admira nas cozinhas brasileiras é o reaproveitamento dos alimentos, vulgarmente conhecidas como sobras! Êta nominho feio, sobra, resto... Para mim, alimento anyway.

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Hoje, qualquer desperdício é ruim, o de comida, imperdoável. Noutro dia visitando o blog da Gabi Braga, vi uma receita de bolinhos de arroz que me pareceu deliciosa. Mas um detalhe – o arroz era cozido e ela enfatizou bem que poderia ser aquele do dia anterior. Bárbaro!

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E assim se faz com o pudim de pão amanhecido ou a própria rabanada, alguém já viu esse doce feito de pão fresco??? Ou mesmo o leite que está para vencer e vira doce, os legumes que já querem passar dessa para uma melhor, viram nosso espetacular ratatouille. C’est vrai!

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Claro que sempre há espaço para hostilidades, onde encontramos pessoas que acham o reaproveitamento o fim da picada e preferem enviar os alimentos diretamente para o lixo, sem escala!

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Bem, esse não é meu caso, tanto que hoje resolvi fazer um bolo pela primeira vez, e quando vi que a massa era super espessa não tive dúvida – abri a geladeira e peguei aquele meio vidro de cerejas confitadas que há dias atormentava minha cabeça pois venceria logo, e misturei suavemente àquela massa grossa e perfumada! O resultado? Só provando...

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Olha aí minhas cerejinhas emprestando seu delicioso paladar ao bolo!
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Aqui vai a receita:
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Bolo de creme azedo com confit de cerejas
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250 g de manteiga amolecida
340 g de açúcar
1 colher de chá de extrato de baunilha
6 ovos
250 ml de creme azedo*
400 g de farinha de trigo
1 1/2 colher de chá de fermento em pó
150 g de cerejas confitadas

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Pré-aquecer o forno à 160°C.
Bater bem a manteiga com o açúcar e a baunilha.
Juntar os ovos um de cada vez batendo sempre.
Peneirar a farinha com o fermento e juntar à mistura anterior com o creme azedo.
Acrescente as cerejas e misture suavemente.
Colocar em forma quadrada de 23 cm de lado forrada com papel manteiga.
Assar por 1 hora ou até que um palito saia seco quando enfiado no centro do bolo.


Usei 250 ml de creme de leite fresco, adicionado de ½ limão, deixei em temperatura ambiente por 1 hora e depois coloquei na geladeira.

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Voilà mes chères!
Bom fim de semana e nada de desperdício.
Beijinhos,
Dani

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Chocolate, eu só quero chocolate!



Unânime se faz a resposta para a seguinte pergunta – Quem gosta de chocolate? Sim, sim e sim! Nunca ouvi uma pessoinha sequer responder taxativamente, não eu não gosto! O máximo que presenciei foi um descrente ‘não sou muito fã’. Ok, aqui vale a máxima de que gosto não se discute. Eu mesma não sou aquela mega alucinada pelo queridinho, mas gosto bastante. Realmente não sou chocólatra e nem devoro uma barra de 250 gramas em frente à TV, mas amo de paixão utilizá-lo em minhas receitas.

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Claro que não vou ser pretensiosa a ponto de dizer que faço uso da iguaria com a mesma calorimetria que faz a maravilhosa Juliette Binoche no filme Chocolate, ela por si só já é um luxo, e na cena em que ela amassa os grãos do cacau na pedra com certeza redefine o significado dessa palavra. Nem menciono a química existente entre sua personagem e a de Johnny Depp, pois seria covardia uma vez que o casal derrete qualquer barra de chocolate por maior que esta seja (u lá lá)...
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Sua origem é Asteca, povo que fazia uma bebida a base do fruto do cacau e água, alguns acreditam que eles entravam em transe quando a bebiam. Eu não estava lá para dizer... Quem chegou mais perto disso foi Colombo, que ao descobrir a América, conta-se, foi um dos primeiros a provar a delícia! Aliás tenho uma receita de bebida Asteca de chocolate que qualquer dia desse faço e posto a receita.
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Essa maravilhosa e quente história me ocorreu, pois ontem, meu blaster maridão me presenteou com uma máquina linda para fazer sorvete (ufa! não preciso pegar mais a da Mama emprestado) e nada mais justo que escolher seu sabor preferido para fazer o teste – CHOCOLATE, no caso dele belga e amargo! Quanto charme...
Aqui vai a receita:
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Sorvete de chocolate Belga 70%
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Ingredientes:
2 ovos inteiros
150 gramas de açúcar demerara
2 colheres de sobremesa cheias de cacau em pó meio amargo (usei o dos frades)
500 ml de creme de leite fresco
250 ml de leite tipo A (usei o da fazenda)
150 gramas de chocolate belga cortado em pedacinhos
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Bata na batedeira em velocidade alta os dois ovos por 2 ou 3 minutos, acrescente o açúcar e continue batendo por mais 2 minutos. Coloque o cacau em pó e continue na mesma velocidade por mais 2 minutos.
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Diminua a velocidade, acrescente o creme de leite e o leite e bata até estar tudo bem homogêneo.
Retire da batedeira e transfira para uma panela e a leve a fogo médio, quando amornar acrescente o chocolate picado mexendo sem parar até tudo estar incorporado, mas sem deixar ferver.
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Desligue o fogo, deixe amornar, leve a geladeira até estar gelado e coloque na sorveteira conforme instruções do fabricante, por 45 minutos. Derrame o creme (ainda molinho) para um pote fechado (usei um de sorvete industrializado) e leve ao freezer por no mínimo uma hora e meia, ou até adquirirem consistência de sorvete.
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Não por estar na presença da minha pessoa, ficou muito bom! Agora é só esperar o marido e fazer as honras da casa! Quem sabe ainda passo na locadora e alugo Chocolate...
Beijinhos para os queridos,
Dani

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