quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Pão que te quero quente!



Esses dias, estou testando minha paciência, ou a pouca que tenho, ou penso ter, ou... Enfim... Engraçado, sempre gostei de pão, de qualquer espécie, qualquer sabor está valendo, não tenho preconceito contra esse ser delicioso e irresistível! Mas tem que ser bom, por um bom pão cometo um crime sem perdão: A GULA!

Lembro-me ainda criança, minhas avós no sítio fazendo pão e assando no forno a lenha... Perdão da má palavra – putz grila – que delícia. Hoje as vovós já não estão presentes (em corpo, bien sûr) mas o aroma daquele pão fofo e cascudo saindo quentinho ainda me provoca grande frisson.


“Danhela (você leu certo, com nh, parte do sotaque da avó materna), deixe o pão esfriar, se comer quente vai te dar dor de barriga!” E quem ligava para isso em face da manteiga derretendo e adentrando aquela massa fofa e porosa??? E olha, jamais tive uma dor de barriga sequer.

Então um belo dia pensei que poderia fazer pão em casa, caçei receitas, li um pouco e fui em frente... Um grande fiasco, com F maiúsculo! Então deixei essa vontade guardadinha dentro de mim até virar gente grande (rs), é vero, para fazer pão tem que ter maturidade e principalmente paciência.

Essa é a questão, me falta um pouco da dita cuja. Mas, perseverança tenho de sobra e como a soma do universo tem que ser igual a zero – fui para a cozinha. Dessa vez um pouco mais estudada, já havia lido bastante sobre pães e fermentos, fuçado na internet, em blogs de amigos.

Claro que não quis fazer de cara uma coisa muito complicada. Pensei, vi alguns livros, mas foi uma antiga receita do pão lá da infância que foi classificado! O Forno à lenha fico devendo, mas os aromas me lembraram muito aquela época distante. E vou dizer que deu certo! Ficou delicioso, só poderia ter deixado um pouco mais moreninho, mas padeira de primeira viagem tem medo de queimar a fornada!

Segue a receita:


Pão do Sítio

700g de farinha de trigo (aproximadamente)
3 colheres (sopa) de manteiga
3 ovos
3 colheres (sopa) de açúcar
1 colher (chá) de sal
250ml de leite
30g de fermento biológico fresco

Em um recipiente coloque o fermento esfarelado e o sal. Misture até obter uma consistência líquida. Adicione um pouco do leite morno e mexa. Reserve.

Em um recipiente, coloque a farinha (reserve um pouco), o açúcar, os ovos, a manteiga, o fermento reservado e o restante do leite. Misture com auxílio de uma colher de pau (neste momento utilize a farinha reservada).

A seguir, sove sobre superfície enfarinhada até obter uma massa homogênea. Enrole em 3 pães. Coloque em uma assadeira (não precisa untar) e deixe dobrar de volume. Leve ao forno pré-aquecido 150°C por aproximadamente 30 minutos.


Agora vou dizer, retirei o pão do forno estalando de quente e pus na grade na esperança de esperar esfriá-lo assim como ordenaria a vovó, mas confesso que não dei conta do recado e parti uma fatia generosa dessa minha obra e assim como lá no sítio besuntei de manteiga e cheguei a um veredicto - pão quente não dá dor de barriga e é assim que eu gosto!

Beijinhhos a todos,
Dani

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Mal explicado, mas vale a pena!


Queridos esse post é praticamente um aviso de utilidade pública! Brincadeirinha!!! Mas o assunto é sério. Eu acho que nos dias de hoje não cabe mais aquele 'migué' básico: se colar colou... Nem morta, isola na madeira 3 vezes!!!

Vocês, não devem estar entendendo nada, of course. Mas explico. Há cerca de 6 meses recebi um presente da mickey, lindo e fofo mas não tinha lá muito minha cara. Como a pessoa que me deu não me conhece muito, não pesou a consciência em trocá-lo. D'acorde, lá fui eu para uma das lojas que mais gosto em São Paulo. Lá chegando o atendimento delicado e atencioso de sempre, com muita sutileza me informaram que não seria possível trocá-lo pois havia sido comprado na Mickey-Home.



Então questionei o embrulho idêntico, o nome igual, e se não era a mesma loja porque no site da Mickey aparecia o endereço das outras unidades? Aí entra a coisa chata, a vendedora me disse que a loja da Oscar Freire é a única de propriedade do Sr. Mickey, as outras pertencem aos filhos... Perdi a viagem...



Não acredito que seja má fé, acredito sim, que é uma questão de pai querendo ajudar aos filhos, mas o consumidor deve ser avisado e ter direito a troca se isso não for feito. Nada contra a Loja, ou as lojas, que levam esse nome, ao contrário, continuo adorando e achando o custo benefício de suas mercadorias muito bons. Aliás é por isso que estou aqui, as lojas Mickey-Home estão dando 50% de desconto na compra da segunda peça, sem restrição de mercadorias... Mas atenção, não vale para a Oscar Freire!



Fora isso as filhinhas são uma perdição também...
beijinhos
Dani

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Surpresa!!!



Dizem por aí que as coisas quando acontecem de surpresa são muito melhores, claro que quando a surpresa é boa! Mas eu não sei se concordo 100 por cento. Bien sur, quando não esperamos por algo bom e isso nos pega de surpresa chega a dar um frio na barriga!

Mas eu, ansiosa por concepção, gosto de planejar e quase não posso esperar pelo resultado... Exame de gravidez para mim é mortal, esperar o dia certo para fazê-lo é mais difícil de encarar que o trabalho de parto propriamente dito.



Mas isso não descarta as delícias que a surpresa nos proporciona, o sorriso que verte é quase incontrolável, e resta em nossas mentes por tempos e tempos... Quem não se lembra de ter sido pego de surpresa com uma notícia, um gesto, uma visita (boa, bem dito), é improvável, quase impossível que não lhe passe alguma pela cabeça!

Pois bem, foi isso que aconteceu ontem à noite. Maridíssimo chegou em casa e eu naquela correria de sempre, não havia nada pronto. Assim abri a geladeira saquei uma fraldinha que estava dando sopa e na gaveta de legumes gritando sonoramente “estou aqui”, uma berinjela e belas vagens (que só comecei a gostar a cerca de 1 ano).




Olhei para a porta da geladeira e lá estava um pouco de vinho branco que sobrara do jantar de sexta feira. Subindo os olhos... tcham, mostarda dijon. Então tudo fez sentido e de um misturê danado, resultou um prato delicioso. Uma bela e ‘nhamy surprise’!

Segue a receita



Fraldinha assada com legumes ao vinho branco e dijon

1 peça de fraldinha
1 berinjela cortada em cubos grandes
10 vagens cortadas em 3 partes
½ xícara de mostarda dijon
½ xícara de azeite
1 xícara de vinho branco bom
sal moído na hora
pimenta do reino moída na hora

Coloque a fraldinha aberta em uma assadeira, coloque a berinjela e as vagens nos lados, besunte a fraldinha de mostarda. Derrame o vinho e o azeite na pela carne e vegetais. Moa o sal e a pimenta a gosto.

Forno a 190º C, por 40 minutos. Eu não cobri com papel alumínio pois queria bem tostadinha por fora. Essa foi uma boa surpresa!

Bom darlings, é isso! Deixem-se surpreender...
beijinhos e boa semana!
Dani

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

Give quiche a chance!




Coisinha feia o preconceito! Mas fazer o quê? Existe e está aí!!! E pior, o exemplo que vou dar é sobre minha própria pessoa... Rubrei! Bom, negócio é o seguinte: Sempre morri de preconceito contra as pobres e indefesas quiches. Pourquoi? Nem eu mesma me lembro como começou, mas posso enumerar algumas causas que me levaram a torcer o meu pequeno nariz para a fofinha.

Toda torta salgada virou quiche

As quiches espalhadas por aí tem uma massa pesada e o recheio não é o original

Uma massa qualquer + recheio cremoso qualquer = quiche



Fora todas as quiches desmilinguidas que provei, com a massa dura demais, mole demais, com recheio farinhento e por aí vai. Não dá para me condenar, dá? Mas enfim tudo na vida passa, tudo na vida muda. Folhando uma de minhas revistas mega, ultra, blaster antiga, uma extinta velhinha Claudia Cozinha, vejo a chamada a verdadeira quiche com recheio original de alho poró (hoje, nem tão original assim). A foto era de outro planeta, provavelmente do planeta das quiches felizes (e verdadeiras como o título denunciava!)

Sua massa parecia folhar, o recheio suntuoso e abundante, dourado por cima.... Uma verdadeira obra de arte. Então toda preconceituosa, não me dei por vencida e pensei - truque de fotografia, sentenciei. Mas pensando mais um pouco lembrei que essa revista nunca me decepcionara nas receitas que arrisquei e resolvi give quiche a chance!



Dei uma lida na receita e vi que a massa só precisava descansar 20 minutos. Mon Dieu, além de preconceituosa, preguiçosa! Guilty again. Sou tão indolente que morro, mas morro mesmo, de vontade de fazer pães, mas só de pensar no 'deixar descansar 200 vezes' me dá aquele soninho. Mas um dia ainda faço.

Voltando a vaca fria, vi que a receita era simples demais e tudo parecia fazer sentido, amei a idéia e fui me atrever, mas o pobre alho poró na minha humilde opinião também me cansou um pouco por conta das investidas em 'falsas' quiches. Continuo amando o fofo, mas desta vez foi a hora das cebolas carameladas invadirem a minha quiche.

Segue a receita:



Quiche verdadeira de cebola caramelada

massa
1 e ½ xícara (chá) de farinha de trigo
6 colheres (sopa) de manteiga
1 ovo
2 colheres (sopa) de água
pitada de sal

recheio
2 xícaras (chá) de creme de leite
4 ovos graúdos
4 cebolas médias
2 colheres (sopa) de manteiga
2 colheres (sopa) de parmesão ralado
sal e pimenta-do-reino

Prepare a massa colocando a farinha de trigo em um mármore e abrindo um buraco no meio. Coloque no centro da farinha a manteiga gelada cortada em cubos. Misture com a ponta dos dedos até a massa ligar. Bata levemente o ovo com a água e o sal e adicione à mistura de farinha. Ligue a massa. Deixe descansar por 20 minutos.

Fatie finamente as cebolas , coloque em uma frigideira juntamente com a manteiga e refogue até que fique bem macio. Abaixe o fogo e deixe caramelar, mexendo às vezes até que fiquem bem douradas. Reserve.

Bata ligeiramente os ovos para o recheio e acrescente o creme de leite. Tempere com sal e pimenta-do-reino.

Abra a massa com um rolo e forre fundo e laterais de uma assadeira canelada com aro removível e 24 cm de diâmetro.

Cubra a massa com a cebola caramelada e salpique com o parmesão.

Cubra com o creme de ovos e leve ao forno aquecido em médio (na parte baixa) para assar.

Asse por cerca de 30 minutos ou até o recheio firmar. Deixe esfriar antes de cortar.

Bom é isso, o preconceito não compensa! Queimei a língua e hoje acho que há vida feliz no planeta das quiches. A massa é leve e quase folha mesmo, igualzinho na foto da revista e o creme é muuuito suave! A próxima será de shimeji... Peguei gosto pela coisa!
 
Beijinhos
Dani

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Dê-me uma paixão e eu moverei o mundo




Dizem que o amor move montanhas, eu acredito e tenho certeza que move mesmo. Mas com a paixão é diferente, e não digo a paixão carnal, no fogo queimando em brasa (uia que assanhada!), digo naquela paixão pelas coisas, pelos sentimentos, pelos sonhos, pelo acreditar em algo e querer fazer acontecer. É essa a paixão que move o mundo.

Esse fim de semana aconteceu algo inesperado. Levando os meninos a uma livraria conforme prometido havia dias, resolvi dar uma escapadinha até a sessão de gastronomia. Milhares de títulos que me inspiraram e vontade de comprar tooooooodos, mas como não fui uma das ganhadoras da mega sena da virada, desisti e rumando ao encontro dos meus anjinhos que já se tinham apoderado do 'livro dos répteis', quando meus olhos batem de relance em um lindo livro.



Era um livro com as receitas que Cora Coralina fazia para ganhar sua vida. Isso mesmo, ela não ganhava a vida com seus poemas, tendo em vista que só publicou sua 1ª obra aos 75 anos. Bom, mas voltando a vaca fria, comecei a folhá-lo e descobri ali uma nova paixão! Que beleza, sua história, sua vida, suas lembranças e receitas, tudo ilustrado com lindas fotos e textos sensacionais, tudo no maior bom gosto...






As receitas foram atualizadas e acima de cada uma, vem a mesma, escrito tal e qual ela escrevera, com imprecisos detalhes e expressões que nem de longe lembramos utilizar em nosso português. Mas rico em emoção e dedicação, podemos sentir sua energia e seu cuidado em cada receita e sua alegria de viver em cada parágrafo de sua história e seus poemas. Ela dizia que era melhor doceira que escritora, eu não duvido e estou louca para testar todas.

É dessa paixão que eu dizia, uma paixão que nos impulsiona, que nos faz querer testar, fazer, e mostrar para o mundo (aqui para vocês, é claro). É estar apaixonada, por um livro mesmo, pela sua história e por uma mulher incrivelmente forte que viveu tempos ruins de pobreza adoçando a vida dos outros, sempre movida por sua paixão!


Cora Coralina, doceira, poeta, mulher!

É o que desejo a todas para 2010! Muita paixão, essa danada que nos faz acreditar em nós mesmos, rindo e lutando como qualquer mulher que conhecemos ou que nos inspiramos!!! FELIZ E APAIXONANTE 2010!!!

beijinhos,
Dani

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