segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

Não se fazem hambúrgueres como antes (pelo menos no the fifties)




É engraçado como nessa época do ano nos tornamos saudosistas, não é mesmo? Há alguns dias eu e o maridíssimo estávamos falando sobre os dias de juventude, baladas, de como nos conhecemos e do dia em que começamos a namorar, a noite terminou como toda balada, no Milk & Mellow. Lá se vão 10 anos...



Assim, chegou o preguiçoso domingo depois do natal, a criançada a mil e os pais meio sonados recém acordados pelos baixinhos que faziam de nossa cama seu próprio pula-pula. Em meio a um 'pára daqui, pára dali', surge a pergunta: - Mami, podemos almoçar hamburguer, batata frita e catchup? Aí estava uma desculpa para unir o útil ao agradável. Vamos para o Milk & Mellow.

Para nossa tristeza a lanchonete estava fechada e então rumamos para o 'the fifties' também abrigo dos finais das baladas de outrora. Péssima decisão. A experiência não foi de longe agradável como costumava ser. O drama começou quando chegamos com o carrinho do baby, pela cara dos garçons, parecia que lhes apresentava uma nave espacial intergaláctica.



Na sequência, copos sujos, copos riscados, hambúrguer sem tempero, pão com gosto de farinha crua, batata esturricada, serviço lento e mal humorado. Com exceção da Maïtre que foi muito solícita nossa empreitada foi um fiasco. Não recomendo à ninguém... Muito longe daquela carne saborosa com queijo puxa puxa dos tempos de balada.

Para compensar, a sobremesa foi sorvete na Vipiteno de pistache e chocolate para os adultos e sabor algodão doce para as crianças,  para encerrar o dia, passeio de bicicleta no parque. O começo do programa foi bem fraco, mas nada conseguiu acinzentar o dia, que terminou divinamente, as crianças 'desmaiadas' de sono, tranquilas, serenas... Uns anjos. E  falando em saudosismo, este fim de dia me lembrou uma música do Rei Roberto - Vejo a paz das crianças dormindo, espero outro fim de semana...

Boa semana, com muita correria para os preparativos de ano novo e nossa festinha em casa!
beijos,
Dani

quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

I think to myself what a wonderful worldl!!!




Ouço sinos! Estamos muito perto do natal, bem pertinho. As pessoas nem nos conhecem nos sorriem na rua. Esse largo sorriso já ocupou um gesto de apertar os lábios com ar de preocupação ao olhar o relógio e confirmar o atraso empatado no transito louco de São Paulo. Mas isso é história. Hoje a alegria contagia a todos e vida perto do natal tem muito mais vida e é vivida em technicolor.



As crianças, ah essas são as protagonistas, aquelas carinhas blaster fofas olhando cada decoração, cada árvore, entregues 100% a uma época que é só festa... Seus olhinhos, por vezes mareados, encarando um Papai Noel que para elas não pode ser mais verdadeiro, enchem qualquer coração de amor e fé no futuro!

É incrivel! Juro que acredito que nesse mês de dezembro espalha-se no universo pó de pirlimpimpim, cada dia é uma loucura, as pessoas vem e vão, querem comprar aquele presente de última hora, a cidade está acelerada, o calor infernal, o trânsito cheio de doidos querendo aproveitar  5 minutinhos para dar uma passadinha não sei onde... E mesmo assim é Natal... Tudo se faz mágico, todos sorriem disso tudo e aquela caixa daquela loja que nunca te disse bom dia, de repente lhe sorri e diz "feliz natal"! Coisa de louco, não? Não, é só mais um Natal!



E assim acontece ano após ano. Até o mais pessimista dos seres está contente e esperando algo melhor para o ano que se aproxima. Os otimistas então, já estão com o planejamento do new year embaixo da árvore sendo iluminado pelas lindas luzinhas de natal.

Hoje a receita que vou postar é algo para a noite de natal mas que se puder se estender por todo o ano que se aproxima será DI-VI-NO!!!!

segue:

 

Quilos de amor - amor demais faz a receita crescer
Dezenas de beijos e abraços - a family agradece
Toneladas de compreensão - nem todos pensam como a gente...
Centenas de sorrisos - cada sorriso ilumina a noite
Uma dose extra de alegria - a noite merece e tudo fica mais fácil

Misture tudo, acredite que o cozinheiro é só um ser humano, e viva como um, mortal e que cada dia da vida vale muito!

Eu mal vejo a hora de reunir a família, comer biscoitos, jogar conversa fora, beber, ceiar, ver todos dando uma trégua ao trabalho, estresse e horários, ver como as crianças brincam, correm e gritam incansavelmente. Como tentam com sua imaginação advinhar qual dos mil presentes de natal é o de cada um... So I think to myself what a wonderful world...



Queridíssimos, é isso por hoje.
Feliz Natal para todos...
beijinhos,
Dani

domingo, 20 de dezembro de 2009

Yes, nós temos morango!




Morango, hummm que fruta mais gostosa! Acredito que esteja entre os “top 3” das frutas. E digo isso com experiência adquirida nos mercados, feira e sacolões da vida, onde sempre observo uma horda de pessoas carregando suas bandeijinhas para o caixa.

Morango com champagne, com leite condensado, com chocolate, no espeto, na gelatina, em mousse... e assim vai! Versátil essa gracinha, não?

Mesmo que nossa fruta querida, já não seja mais a mesma - além de incrivelmente dar o ano todo, não carrega aquela doce suculência de antigamente – ela continua lá, firme e forte no paladar das mesas brasileiras. Aqui em casa compro aos montes, e olha que não rende (rs), consumido 'in natura' ou em mil variações que a imaginação infantil (e não tão infantil assim!) nos permite.

A fruta sempre foi conceituada, tanto que criaram brinquedos personificando a delícia. Lembro-me de quando era pequena de uma boneca moranguinho, era o sonho de consumo de 9 entre 10 meninas. Era uma gracinha, um cabeção imensamente desproporcional ao corpinho franzino e delicado (que era o charme da questão) e um cheirinho de morango, que, para mim na época, era bom a ponto de perder toda a racionalidade e lamber o pobre bibelô como se fosse um cão saudoso de seu dono.


Nos anos 80 e repaginada
Ilustração: O Globo

Hoje, tudo está diferente, o morango dá o ano todo - não precisamos esperar ansiosos pelo inverno, a boneca moranguinho foi reestilizada – sua cabeça está mais proporcional, e o inverno não é mais batizado com aquela garoa fininha e gelada de outrora (rs), mas o fascínio pela fruta continua.

Pensando nisso, decidi que levaria para a festa de Chanuka da família, uma torta de frutas onde o morango fosse a estrela. O resultado foi muito bom e algumas pessoas me pediram a receita que segue postada aqui. Eu a chamo de torta Frankenstein pois, utilizei a massa de uma receita, o recheio de outra, acrescentei algum ingrediente ou um detalhe, e assim foi...



Torta Frankenstein de Morango

Massa (fiz 2 receitas)
100gr de manteiga ligeiramente amolecida
85 gr de açúcar
150 gr de farinha de trigo
30 gr de cacau em pó puro [sem açúcar]
1 ovo batido

Creme patissier
250 g de açúcar
100 g de farinha
6 gemas de ovos
2 ovos inteiros
1 colher de sopa pasta de baunilha
1 litro de leite

200 g de geléia de morangos, acrescida de 20 ml de água e aquecida até ficar molinha.
2 caixinhas de morango
6 cerejas
6 amoras


Faça a massa:
Coloque a manteiga e o açúcar no processador e pulse até obter uma massa cremosa. Junte a farinha, o cacau e no final junte o ovo batido. Pulse até obter uma massa macia. Coloque numa folha de plástico, amasse num disco e leve à geladeira por 1 hora.

Pré-aqueça o forno em 180ºC. Abra a massa numa superfície enfarinhada e forre uma forma funda de fundo removível com ela. Leve a massa ao forno por 20 a 30 minutos. Retire a massa do forno, remova o aro, deixe esfriar.

Coloque  uma camada da geléia reservando o restante para dar brilho às frutas, e complete com o recheio.

Faça o recheio:
Em um bowl misture as gemas, os ovos e o açúcar, bata bem com um fouet.

Incorpore a farinha e continue a bater até ficar fofo.

Leve o leite a fervura junto com a baunilha. Quando ferver, misture ao creme de ovos, mexa bem e volte ao fogo por mais 5 minutos mexendo sem parar para não grudar no fundo da panela.

Retite do fogo e transfira para uma vasilha. Cubra com papel filme encostando m toda a superfície do creme para que não forme aquela película chatinha que se forma com o resfriamento.

Deixe esfriar completamente e recheie a massa, colocando-o por cima da geléia.

As frutas
coloque os morangos, cerejas e amoras por cima do creme displicentemente e com o auxilio de um pincél, passe a geléia para dar brilho.



Difícil foi manter as mãozinhas gordinhas longe da torta até a hora da sobremesa!

Queridos, a todos um beijinhos e bom fim de fim de semana.
Dani

domingo, 13 de dezembro de 2009

Pobre pinheirinho de Natal!




Hoje o assunto em evidencia é o Natal. Pudera, ôh epocazinha festiva, alegre... Os ânimos se inflam as pessoas deixam se levar pelo espírito do bom velhinho, se tornam mais gentis, amáveis e o mundo parece ter outro colorido.

Mas como nem tudo na vida são renas de nariz vermelho, tem uma coisa que muito me entristece – os pinheirinhos de natal de verdade. Pobrezinhos são cortados para que possamos enfeitá-lo em uma canto da casa e depois do dia de reis esquecê-los em algum lixo qualquer. Não adianta protestar dizendo que vai cuidar do bonitinho para que ele dure até o próximo ano pois ele não resiste.



Hoje é possível argumentar que é ecológico uma vez que existem muitos produtores que os plantam somente para essa finalidade. Pois bem, quando o infeliz é plantado,  já tem sua sentença de morte, o final do ano!

Qual o problema com as árvores artificiais? A minha mãe já tem a dela há 15 anos, minha irmã mais nova “cultiva” a sua desde que casou e, com uma paciência de outro mundo completam suas verdinhas com milhares de balangandãs natalinos deixando-as de dar inveja até no Papai Noel.




Eu confesso, preguiçosa nesse sentido, tenho uma ecologicamente correta, fabricada por uma ONG,  feita em vime,  douradézima que enfeitei com as luzinhas em formas de pequenas estrelas que ganhei dos meus pais. As crianças adoram e não levo mais de 20 minutos para montá-la (contra os 3 dias da minha irmã... rs).

Aqui em casa fizemos uma homenagem à essa bela conífera, biscoitinhos de bergamota que confeitei, e ainda, fiz “oficina de confeitar biscoito” com os meninos. Com certeza os pinheirinhos de natal mais lindos e ecológicos que já vi.






Bicoitos de Bergamota

1 xícara de manteiga amolecida
1 xícara de açúcar
1 ovo
2 colheres de sopa de suco de laranja
1 colher de sopa de extrato natural de bergamota
2 e ½ xícaras de farinha tradicional
1 colher de sopa de fermento em pó

Misture a manteiga, açúcar e o ovo em uma vasilha grande.

Bata em velocidade média, misturando as bordas de vez em quando, até ficar cremoso. Adicione o suco de laranja e o extrato de bergamota, misture bem.

Reduza a velocidade pra baixa e adicione a farinha e o fermento. Bata até misturar bem.

Divida a massa em duas partes e enrole em papel filme. Leve a geladeira por 2 ou 3 horas.

Aqueça o forno a 200 graus. Abra a massa em uma superfície com farinha, 1/3 por vez, mantendo o restante da massa na geladeira.

Corte os e os coloque em uma forma forrada com papel manteiga, distantes uns 2 centímetros. Deixe os assar por 6-10 minutos até as bordas ficarem douradas



Obras de arte feitas pelos meus baixinhos, com muito confeito, glacê e chocolate granulado!

Queridos, sorry pelo desabafo, mas toda vez que passo por um lugar e vejo os pinheirinhos serem vendidos indescriminadamente me da uma dor no coração... Quem compra e acha bacana, viva a liberdade de expressão, aliás por meio dela que escrevi este post.

Eco-beijinhos, verdes como os pinheirinhos!!!
Dani

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Êta conversinha sem sal...



Pedras de sal rosa do Himalaia

A grande novidade de hoje é a possível proibição da comercialização da flor de sal, os sais em cristais ou mesmo em pedra. Essa é boa. Acontece que pela legislação sal é sal e deve ter adição de iodo. Agora, vai explicar isso para os franceses que colhem os primeiros cristais de sal que se formam da evaporação da água do mar como se fossem as mais preciosas pedrinhas .


Vem com um micro ralador fofíssimo

Voilà, uma iguaria!!! Não são aquele sal comum adicionado ao alimento para simplesmente salgar o prato. Esse sim deve realmente conter o iodo por uma série de benefícios que traz a nossa saúde, afinal, acredito que ninguém gostaria de desfilar aquele bócio de pelicano, não é vero?!

 
As tres tonalidades de rosa

Sempre que viajo, trato de adquirir uma mostra da especiaria, quer seja em flor, em cristais ou em pedra. E acredite ou não, já há uma certa dificuldade em encontrá-los, pelo menos na américa do norte, onde os americanos temem processos até da própria sombra.


O mais rosa dos rosas parece pedra preciosa

Enfim, é uma pena que não possamos ter nossos tipos de sal, poderiam denominar de ‘sal gourmet’, assim ninguém iria entender errado ou fazer confusão. Afinal de contas eles fazem a alegria, sendo ralados à mesa finalizando as saladas e impressionando os convidados ou em flor até mesmo em preparações doces, como por cima de um bombom de chocolate!

Bom, de qualquer maneira esperamos que haja uma decisão que não deixe nosso angu sem sal!
E apesar do papo salgado, uma semana doce para todos.



beijinhos, Dani

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