segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

Não se fazem hambúrgueres como antes (pelo menos no the fifties)




É engraçado como nessa época do ano nos tornamos saudosistas, não é mesmo? Há alguns dias eu e o maridíssimo estávamos falando sobre os dias de juventude, baladas, de como nos conhecemos e do dia em que começamos a namorar, a noite terminou como toda balada, no Milk & Mellow. Lá se vão 10 anos...



Assim, chegou o preguiçoso domingo depois do natal, a criançada a mil e os pais meio sonados recém acordados pelos baixinhos que faziam de nossa cama seu próprio pula-pula. Em meio a um 'pára daqui, pára dali', surge a pergunta: - Mami, podemos almoçar hamburguer, batata frita e catchup? Aí estava uma desculpa para unir o útil ao agradável. Vamos para o Milk & Mellow.

Para nossa tristeza a lanchonete estava fechada e então rumamos para o 'the fifties' também abrigo dos finais das baladas de outrora. Péssima decisão. A experiência não foi de longe agradável como costumava ser. O drama começou quando chegamos com o carrinho do baby, pela cara dos garçons, parecia que lhes apresentava uma nave espacial intergaláctica.



Na sequência, copos sujos, copos riscados, hambúrguer sem tempero, pão com gosto de farinha crua, batata esturricada, serviço lento e mal humorado. Com exceção da Maïtre que foi muito solícita nossa empreitada foi um fiasco. Não recomendo à ninguém... Muito longe daquela carne saborosa com queijo puxa puxa dos tempos de balada.

Para compensar, a sobremesa foi sorvete na Vipiteno de pistache e chocolate para os adultos e sabor algodão doce para as crianças,  para encerrar o dia, passeio de bicicleta no parque. O começo do programa foi bem fraco, mas nada conseguiu acinzentar o dia, que terminou divinamente, as crianças 'desmaiadas' de sono, tranquilas, serenas... Uns anjos. E  falando em saudosismo, este fim de dia me lembrou uma música do Rei Roberto - Vejo a paz das crianças dormindo, espero outro fim de semana...

Boa semana, com muita correria para os preparativos de ano novo e nossa festinha em casa!
beijos,
Dani

quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

I think to myself what a wonderful worldl!!!




Ouço sinos! Estamos muito perto do natal, bem pertinho. As pessoas nem nos conhecem nos sorriem na rua. Esse largo sorriso já ocupou um gesto de apertar os lábios com ar de preocupação ao olhar o relógio e confirmar o atraso empatado no transito louco de São Paulo. Mas isso é história. Hoje a alegria contagia a todos e vida perto do natal tem muito mais vida e é vivida em technicolor.



As crianças, ah essas são as protagonistas, aquelas carinhas blaster fofas olhando cada decoração, cada árvore, entregues 100% a uma época que é só festa... Seus olhinhos, por vezes mareados, encarando um Papai Noel que para elas não pode ser mais verdadeiro, enchem qualquer coração de amor e fé no futuro!

É incrivel! Juro que acredito que nesse mês de dezembro espalha-se no universo pó de pirlimpimpim, cada dia é uma loucura, as pessoas vem e vão, querem comprar aquele presente de última hora, a cidade está acelerada, o calor infernal, o trânsito cheio de doidos querendo aproveitar  5 minutinhos para dar uma passadinha não sei onde... E mesmo assim é Natal... Tudo se faz mágico, todos sorriem disso tudo e aquela caixa daquela loja que nunca te disse bom dia, de repente lhe sorri e diz "feliz natal"! Coisa de louco, não? Não, é só mais um Natal!



E assim acontece ano após ano. Até o mais pessimista dos seres está contente e esperando algo melhor para o ano que se aproxima. Os otimistas então, já estão com o planejamento do new year embaixo da árvore sendo iluminado pelas lindas luzinhas de natal.

Hoje a receita que vou postar é algo para a noite de natal mas que se puder se estender por todo o ano que se aproxima será DI-VI-NO!!!!

segue:

 

Quilos de amor - amor demais faz a receita crescer
Dezenas de beijos e abraços - a family agradece
Toneladas de compreensão - nem todos pensam como a gente...
Centenas de sorrisos - cada sorriso ilumina a noite
Uma dose extra de alegria - a noite merece e tudo fica mais fácil

Misture tudo, acredite que o cozinheiro é só um ser humano, e viva como um, mortal e que cada dia da vida vale muito!

Eu mal vejo a hora de reunir a família, comer biscoitos, jogar conversa fora, beber, ceiar, ver todos dando uma trégua ao trabalho, estresse e horários, ver como as crianças brincam, correm e gritam incansavelmente. Como tentam com sua imaginação advinhar qual dos mil presentes de natal é o de cada um... So I think to myself what a wonderful world...



Queridíssimos, é isso por hoje.
Feliz Natal para todos...
beijinhos,
Dani

domingo, 20 de dezembro de 2009

Yes, nós temos morango!




Morango, hummm que fruta mais gostosa! Acredito que esteja entre os “top 3” das frutas. E digo isso com experiência adquirida nos mercados, feira e sacolões da vida, onde sempre observo uma horda de pessoas carregando suas bandeijinhas para o caixa.

Morango com champagne, com leite condensado, com chocolate, no espeto, na gelatina, em mousse... e assim vai! Versátil essa gracinha, não?

Mesmo que nossa fruta querida, já não seja mais a mesma - além de incrivelmente dar o ano todo, não carrega aquela doce suculência de antigamente – ela continua lá, firme e forte no paladar das mesas brasileiras. Aqui em casa compro aos montes, e olha que não rende (rs), consumido 'in natura' ou em mil variações que a imaginação infantil (e não tão infantil assim!) nos permite.

A fruta sempre foi conceituada, tanto que criaram brinquedos personificando a delícia. Lembro-me de quando era pequena de uma boneca moranguinho, era o sonho de consumo de 9 entre 10 meninas. Era uma gracinha, um cabeção imensamente desproporcional ao corpinho franzino e delicado (que era o charme da questão) e um cheirinho de morango, que, para mim na época, era bom a ponto de perder toda a racionalidade e lamber o pobre bibelô como se fosse um cão saudoso de seu dono.


Nos anos 80 e repaginada
Ilustração: O Globo

Hoje, tudo está diferente, o morango dá o ano todo - não precisamos esperar ansiosos pelo inverno, a boneca moranguinho foi reestilizada – sua cabeça está mais proporcional, e o inverno não é mais batizado com aquela garoa fininha e gelada de outrora (rs), mas o fascínio pela fruta continua.

Pensando nisso, decidi que levaria para a festa de Chanuka da família, uma torta de frutas onde o morango fosse a estrela. O resultado foi muito bom e algumas pessoas me pediram a receita que segue postada aqui. Eu a chamo de torta Frankenstein pois, utilizei a massa de uma receita, o recheio de outra, acrescentei algum ingrediente ou um detalhe, e assim foi...



Torta Frankenstein de Morango

Massa (fiz 2 receitas)
100gr de manteiga ligeiramente amolecida
85 gr de açúcar
150 gr de farinha de trigo
30 gr de cacau em pó puro [sem açúcar]
1 ovo batido

Creme patissier
250 g de açúcar
100 g de farinha
6 gemas de ovos
2 ovos inteiros
1 colher de sopa pasta de baunilha
1 litro de leite

200 g de geléia de morangos, acrescida de 20 ml de água e aquecida até ficar molinha.
2 caixinhas de morango
6 cerejas
6 amoras


Faça a massa:
Coloque a manteiga e o açúcar no processador e pulse até obter uma massa cremosa. Junte a farinha, o cacau e no final junte o ovo batido. Pulse até obter uma massa macia. Coloque numa folha de plástico, amasse num disco e leve à geladeira por 1 hora.

Pré-aqueça o forno em 180ºC. Abra a massa numa superfície enfarinhada e forre uma forma funda de fundo removível com ela. Leve a massa ao forno por 20 a 30 minutos. Retire a massa do forno, remova o aro, deixe esfriar.

Coloque  uma camada da geléia reservando o restante para dar brilho às frutas, e complete com o recheio.

Faça o recheio:
Em um bowl misture as gemas, os ovos e o açúcar, bata bem com um fouet.

Incorpore a farinha e continue a bater até ficar fofo.

Leve o leite a fervura junto com a baunilha. Quando ferver, misture ao creme de ovos, mexa bem e volte ao fogo por mais 5 minutos mexendo sem parar para não grudar no fundo da panela.

Retite do fogo e transfira para uma vasilha. Cubra com papel filme encostando m toda a superfície do creme para que não forme aquela película chatinha que se forma com o resfriamento.

Deixe esfriar completamente e recheie a massa, colocando-o por cima da geléia.

As frutas
coloque os morangos, cerejas e amoras por cima do creme displicentemente e com o auxilio de um pincél, passe a geléia para dar brilho.



Difícil foi manter as mãozinhas gordinhas longe da torta até a hora da sobremesa!

Queridos, a todos um beijinhos e bom fim de fim de semana.
Dani

domingo, 13 de dezembro de 2009

Pobre pinheirinho de Natal!




Hoje o assunto em evidencia é o Natal. Pudera, ôh epocazinha festiva, alegre... Os ânimos se inflam as pessoas deixam se levar pelo espírito do bom velhinho, se tornam mais gentis, amáveis e o mundo parece ter outro colorido.

Mas como nem tudo na vida são renas de nariz vermelho, tem uma coisa que muito me entristece – os pinheirinhos de natal de verdade. Pobrezinhos são cortados para que possamos enfeitá-lo em uma canto da casa e depois do dia de reis esquecê-los em algum lixo qualquer. Não adianta protestar dizendo que vai cuidar do bonitinho para que ele dure até o próximo ano pois ele não resiste.



Hoje é possível argumentar que é ecológico uma vez que existem muitos produtores que os plantam somente para essa finalidade. Pois bem, quando o infeliz é plantado,  já tem sua sentença de morte, o final do ano!

Qual o problema com as árvores artificiais? A minha mãe já tem a dela há 15 anos, minha irmã mais nova “cultiva” a sua desde que casou e, com uma paciência de outro mundo completam suas verdinhas com milhares de balangandãs natalinos deixando-as de dar inveja até no Papai Noel.




Eu confesso, preguiçosa nesse sentido, tenho uma ecologicamente correta, fabricada por uma ONG,  feita em vime,  douradézima que enfeitei com as luzinhas em formas de pequenas estrelas que ganhei dos meus pais. As crianças adoram e não levo mais de 20 minutos para montá-la (contra os 3 dias da minha irmã... rs).

Aqui em casa fizemos uma homenagem à essa bela conífera, biscoitinhos de bergamota que confeitei, e ainda, fiz “oficina de confeitar biscoito” com os meninos. Com certeza os pinheirinhos de natal mais lindos e ecológicos que já vi.






Bicoitos de Bergamota

1 xícara de manteiga amolecida
1 xícara de açúcar
1 ovo
2 colheres de sopa de suco de laranja
1 colher de sopa de extrato natural de bergamota
2 e ½ xícaras de farinha tradicional
1 colher de sopa de fermento em pó

Misture a manteiga, açúcar e o ovo em uma vasilha grande.

Bata em velocidade média, misturando as bordas de vez em quando, até ficar cremoso. Adicione o suco de laranja e o extrato de bergamota, misture bem.

Reduza a velocidade pra baixa e adicione a farinha e o fermento. Bata até misturar bem.

Divida a massa em duas partes e enrole em papel filme. Leve a geladeira por 2 ou 3 horas.

Aqueça o forno a 200 graus. Abra a massa em uma superfície com farinha, 1/3 por vez, mantendo o restante da massa na geladeira.

Corte os e os coloque em uma forma forrada com papel manteiga, distantes uns 2 centímetros. Deixe os assar por 6-10 minutos até as bordas ficarem douradas



Obras de arte feitas pelos meus baixinhos, com muito confeito, glacê e chocolate granulado!

Queridos, sorry pelo desabafo, mas toda vez que passo por um lugar e vejo os pinheirinhos serem vendidos indescriminadamente me da uma dor no coração... Quem compra e acha bacana, viva a liberdade de expressão, aliás por meio dela que escrevi este post.

Eco-beijinhos, verdes como os pinheirinhos!!!
Dani

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Êta conversinha sem sal...



Pedras de sal rosa do Himalaia

A grande novidade de hoje é a possível proibição da comercialização da flor de sal, os sais em cristais ou mesmo em pedra. Essa é boa. Acontece que pela legislação sal é sal e deve ter adição de iodo. Agora, vai explicar isso para os franceses que colhem os primeiros cristais de sal que se formam da evaporação da água do mar como se fossem as mais preciosas pedrinhas .


Vem com um micro ralador fofíssimo

Voilà, uma iguaria!!! Não são aquele sal comum adicionado ao alimento para simplesmente salgar o prato. Esse sim deve realmente conter o iodo por uma série de benefícios que traz a nossa saúde, afinal, acredito que ninguém gostaria de desfilar aquele bócio de pelicano, não é vero?!

 
As tres tonalidades de rosa

Sempre que viajo, trato de adquirir uma mostra da especiaria, quer seja em flor, em cristais ou em pedra. E acredite ou não, já há uma certa dificuldade em encontrá-los, pelo menos na américa do norte, onde os americanos temem processos até da própria sombra.


O mais rosa dos rosas parece pedra preciosa

Enfim, é uma pena que não possamos ter nossos tipos de sal, poderiam denominar de ‘sal gourmet’, assim ninguém iria entender errado ou fazer confusão. Afinal de contas eles fazem a alegria, sendo ralados à mesa finalizando as saladas e impressionando os convidados ou em flor até mesmo em preparações doces, como por cima de um bombom de chocolate!

Bom, de qualquer maneira esperamos que haja uma decisão que não deixe nosso angu sem sal!
E apesar do papo salgado, uma semana doce para todos.



beijinhos, Dani

segunda-feira, 23 de novembro de 2009




Contam-se por aí mais ou menos um zilhão de histórias. Dizem que Nero ateou fogo em Roma, que Rômulo e Remo foram criados por uma loba, que Moisés foi salvo das águas do Nilo, que a cor do Tiranossauro Rex era marrom esverdeado e, mais recentemente que Napoleão inventou o waffle. Como assim, Napoleão o grande estrategista inventor do ... waffle? C’est vrai???

O quanto de verdade há embutido nessas histórias jamais saberemos ao certo. Se Nero era maluco, se uma loba pirou no lance de maternidade, se as águas do Nilo eram calmas, enfim, qui lo sa! Agora, que chama a atenção o maior general da história ter se prendido a cozinha e ainda criado essa massinha aerada, fofa e crocante, isso chama.

Li recentemente no correio brasiliense que, na verdade ele havia inventado as panquecas, e fanático por elas, era capaz de comer pilhas da delícia sem titubiar. Algo havia de explicar aquela pança toda... Mas o mais interessante não pára por aí. Ele se preocupava com a estética da coisa (talvez por isso amasse Carème).

 Para nosso pequeno grande homem elas deveriam ser esteticamente feias, pois ele se preocupou em criar um aparelho que as fizessem com furinhos quadrados, nos moldes atuais dos waffles que conhecemos. Isso em 1700 e tra lá lá, Pode? Imagine se ele se deparasse hoje com uma máquina atual na qual pudesse fazer um de seus doces preferidos em forma de Mickey Mouse??? De tanta alegria, ou não, seria capaz de atear fogo em Paris, na certa!

Voilà, deu vontade de comer waffles quentinhos com a família toda no café da manhã de domingo, e procurando uma receita, não é que encontro uma no site da Willians Sonoma, que se refere como Napoleon waffles? Com Framboesas e tudo? Nada mais animador para começar o domingão, não é mesmo? Fiz algumas adaptações e vou postar a receita tal como fiz. Ficou magnifique!

La recette:




Waffles a Napoleon


2 ovos separados
1 xícara de buttermilk
5 colheres de sopa de manteiga sem sal amolecida
2 colheres de chá de extrato de baunilha
1 xícara de farinha
1 colher de sopa de fermento em pó
3/4 colher de sopa de bicarbonato de sódio
1 colher de café de sal
5 colheres de sopa de açúcar

Pré aqueça o máquina de waffle.

Em uma vasilha grande, bata as gemas. Bata o buttermilk, a manteiga e a vanila até ficar homogêneo. Misture a farinha, o fermento, o bicarbonato, o sal e o açúcar. Adicione a mistura de gemas e misture até ficar fofo.

Em outra vasilha bata as claras em neve em picos firmes. Acrescente a mistura aos poucos delicadamente.

Para o creme:

500 gramas de raspberries
2/3 de xícara de açúcar, mais se necessário
2/3 de xícara de creme de leite fresco
2/3 de xícara de yogurte “low fat”

No processador, misture as raspberries com o açúcar até ficar com consistência de purê. Passe a mistura por uma peneira pressionando com uma espátula. prove e adicione mais açúcar se necessário. Transfira 2/3 do purê para uma vasilha e guarde o restante para guarnição.

Adicione o creme de leite e o iogurte ao purê e misture delicadamente até homogeneizar. Deixe gelar bem e utilize uma garrafa sifão de acordo com as instruções do fabricante para confeccionar o creme de raspberries. Teste a consistência, se estiver muito mole chacoalhe um pouco a garrafa.

Sobrou um pouco desse creme e não pensei duas vezes. Joguei na máquina de fazer sorvete e ficou o sorvete de framboesa mais cremoso do mundo!!!



Bom queridos, dizem que quem conta um conto aumenta um ponto! Eu aumentei algumas colheradas disso ou daquilo, mas ficou bem interessante. Tentem se tiverem tempo!
Beijinhos,
Dani

quinta-feira, 19 de novembro de 2009



Queridos, gostaria de agradecer a todos as manifestações de carinho e atenção que venho recebendo no Blog e por e-mail. Vocês são realmente fantásticos e fazem meu dia melhor a cada comentário!!!

Muitas de vocês já passaram ou passarão pela experiência de ter um filho, então sabem ou saberão que é a melhor coisa do mundo. Toda vez que abraço meu pequenino e sinto seu cheiro, percebo que nada mais no mundo faz sentido. E depois, vê-los crescer e tornarem donos do seu nariz (com muita dor no coração), nos pegamos com lágrimas nos olhos, surpreendidas por atitudes incríveis desses serzinhos que sairam de nós...

Peraí, não é um blog de gastronomia??? SORRY, quem tem cabeça para isso? Como diz meu filho mais velho (4 aninhos) - "Mammy o restaurante do meu irmãozinho é você." Então aqui quem vos fala é o próprio restô (rs). 

Prometo que em brevíssimo tempo postarei algo sobre comidinha... Beijinhos a todas,
Dani

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Tim Tim ao baby





Como todos sabem o nascimento de uma criança é algo muito comemorado por nós brasileiros, e digo comemorado na acepção da palavra. Nosso querido povo carnavalesco adora uma festa, as vezes quando visitamos uma criança na maternidade temos a impressão de estar em um salão de festas. Embora recrimine um pouco esse tipo de atitude, adoro receber civilizadamente visitas, no hospital e na sequência em casa. Peço aos queridos alguns dias para que possa me recuperar e lamber o rebento (rs), mas logo estou agendando as visitas...

Como sempre me preocupo em receber bem aqueles que me dão o prazer de suas presenças, fiquei pensando muito no que poderia servir para os solenes convidados. Essas deliciosas visitas costumam ser rapidinhas e para situações assim, nas quais por motivos óbvios não consigo fazer nada mais elaborado, nada melhor que petit four, podem me chamar de cafona, mas um bom exemplar da espécie nunca sai de moda, e para quem aprecia as maravilhas da vida, quando eles derretem na boca a sensação é muito boa!



Agora para beber... Sempre é mais complicado. Refrigerante tenho para aqueles que não o dispensam, mas não é definitivamente o que gosto de servir. Assim, depois de muito pensar, analisar as frutas da estação, estudar a viabilidade de execução pela Zefinha (sou mega neurótica, assumida e sem direito a defesa!), decidi testar um suco condizente ao calor abafado que São Pedro, sem piedade, nos presenteia. Ficou fresco, levíssimo e muito diferente.

segue a receita:



Suco fresquinho de manga

1 manga em pedaços
água de um coco verde
1 pedaço pequeno de gengibre
suco de meia laranja
folhas de hortelã a gosto
4 cubos de gelo

Bata todos os ingredientes no liquidificador e sriva gelado. Simples assim!

Bom meus queridos, não sei quando será meu próximo post mas estarei sempre por aqui.
Beijinhos a todos,
Dani

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Minha melhor receita!




Queridos, neste post a receita será outra. Cheguei em casa hoje, com meu bebezinho no colo e um sorriso no rosto que teima em não querer sair nunca.

Não há massa mais fofa que sua pele, nem cheiro de pão no forno mais gostoso que seu cheirinho próprio. Ás vezes, me pego contemplando essa delícia que nos transforma, nos alegra e que nos faz perguntar como podemos sentir um amor que ultrapassa a barreira do peito, se espalhando por todos os cantos...



Essa é minha terceira fornada, mas tudo parece novo e maravilhoso, os aromas, os sabores, os sons... Tudo, é tudo novo, a receita é nova, mas deu muuuuito certo! Não faltou ingrediente nem tempo de forno (isso não mesmo!!!).

Os ingredientes são os mesmos, amor, amor e amor.

O modo de preparo, bom, esse, cada casal tem o seu...

O tempo de forno varia do forno. No meu caso 40 semanas.



E voilà... Mon Petit Prince saiu do forno. Com todos prazeres que uma receita de sucesso pode nos dar e mais um pouco, aliás, mais muito, muito mais!

Bom, deixo vocês, ainda com aquele sorriso bobo, ouvindo seus sonzinhos meigos e embriagadores! Vou tentar postar alguma receitinha “stricto sensu” em breve, mas para ser muito sincera, só tenho olhos para minha Coisinha...



Doces beijos,

Dani

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

A curiosidade quase matou o gato!




Tive uma experiência muito estressante certa vez com meu gato gorducho, que por ter a curiosidade intrínseca do bichano bem acentuada, ‘jampeou’ da janela do sétimo andar em um vôo curioso e sem escala lá para o térreo... Pobre coitado, a curiosidade quase matou o gato!!! Salve as radiografias, cirurgias e pinos externos na pata o fofão se saiu bem, sobreviveu e ainda foi mais mimado do que nunca.

Embora nunca tenha me disposto a aterrissar sete andares de encontro ao chão, tenho um lado muito felino no que diz respeito à curiosidade, claro que de uma maneira um pouco mais inteligente, mas lá está ele firme e forte me empurrando para algumas experiências que me disponho a arriscar. Nada muito arriscado diria...

Ultimamente o combustível que me arremessa nesse âmbito, tem sido a ansiedade. Ela é a culpada pela minha curiosidade que anda circulando pelo universo do açúcar, coisa que não me ocorre com facilidade, sou muito mais ligada a salgado. Mas eu explico. Nove meses de gestação, cano do marceneiro, do colocador do papel de parede, e de outros prestadores de serviço, que teimam em atrasar o quarto do baby, que por sua vez e certa conveniência teima em não querer sair (rs).

Dessa maneira, tudo que se resume a doce atrai minha curiosidade! Andei fazendo uma pesquisa em alguns livros, em blogs, e na net sobre panna cotta de chocolate. Panna cotta pour moi e chocolate pour le maridão, que afinal segura toda essa onda hormonal na maior boa vontade. Direito adquirido!!!



Encontrei muitas receitas, mas nenhuma que usasse os ingredientes que eu queria, não pelo menos todos ao mesmo tempo (rs). Todas que lia levava muita gelatina e eu gosto mais dela cremosa, durinha mas não a ponto de desenformar, as vezes a pedido a faço assim, mas para meu puro deleite, raciono na gelatina!

E assim foi feito. muito chocolate, consistência firme mas cremosa e sem calda, infelizmente não tive muita paciência, até queria arriscar uma calda de vinho branco reduzido com morangos, mas não foi desta vez! Coloquei em potinhos e ficou bem bonitinho, e meu marido xuxuzinho disse que estava muito bom - foi ele quem disse! Nada suspeito, não é vero?

Bueno, segue a receita:








Panna Cotta de Chocolate

1 litro de creme de leite fresco
30 gramas de cacau em pó meio amargo
160 gramas de chocolate ao leite
250 gramas de açúcar refinado
12 gramas de gelatina sem sabor (hidratada com 2 colheres de sopa de água e 10 segundos no microondas)
1 Pitada de noz moscada ralada na hora
1 colher de café de extrato de baunilha

Em uma panela coloque o creme de leite, o açúcar, a noz moscada, e o cacau em pó e leve no fogo médio até que ferva. Enquanto isso derreta o chocolate picadinho no microondas por 1 minuto, retire e mexa bem, se precisar volte ao micro e deixe mais um pouco.

Quando a mistura do creme de leite ferver, vá adicionando-a ao chocolate derretido, mexendo sempre. Por último coloque o extrato de baunilha e a gelatina já hidratada e derretida. Mexa tudo muuuuito bem e coloque em potinhos individuais.

OBS. Se for usar um único pote grande, use 20 gramas de gelatina, assim a consistência vai ficar mais uniforme.

Esta foi a curiosidade do findi. Desejo realizado!
Beijinhos
Dani

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Que seja infinito enquanto dure...




Sabe aquela notícia deliciosa de que um grande casal de amigos vai se casar? Mas digo amigos de verdade, que fizeram história juntos, que viram você chorar de tristeza e de alegria, que conhecem seus pais, irmãos e que já brincam com seus filhos? Pois é, é uma grande alegria!

Claro que o fato de reviver cada etapa da organização de tudo tal qual foi o nosso, as lembranças, os erros e acertos, preenchem nosso querido e saudoso ego, mas com certeza o principal motivo da festa é a alegria desses amigos tão especiais.

Lembro-me de no meu casamento, um desses amigos me dizer que iria beber todas em nossa homenagem, um outro que me intimou a tomar um porre no casamento dele para brindarmos juntos esse momento. Houve ainda um outro que bebeu tanto no seu próprio casamento que a noite de núpcias irremediavelmente foi adiada. rs

Embora mais contidas as noivas participam ativamente do porre do enfim marido, primeira das muitas forças que daremos a eles durante todo casamento.



Mas quando recebemos o convite, muitas vezes emocionados pois com ele vem um pedido para sermos padrinhos, sempre pensamos em algo especial, um mimo, algo que possa transcender o simples presente de casamento perdido em uma lista na loja, geralmente da preferência da noiva (claro!!!!!!!! rs). Dia desses recebi um e-mail que resolveu o problema. Meu e dos beberrões que ainda hão de se casar.

A loja Mickey, uma das minhas preferidas, lançou uma maneira de brindarmos aos noivos com grande estilo. Idéia ímpar (não, não levo jabá da loja), que agradará em cheio o fígado dos pombinhos, e nós ainda ganhamos a desculpa para ir beber na casa deles quando voltarem da lua de mel!



Trata-se de um Blue Label no qual podemos personalizar a garrafa com o nome dos noivos, não restando dúvida a que esponjas pertence o afago! Achei a idéia sensacional e pra lá de diferente. Fico devendo uma receita, mas fica uma dica de delicadeza para com os grandes e verdadeiros amigos.






Que a garrafa não seja imortal, posto que é cana, mas que seja infinito enquanto dure!

Ein Prost!!!

Beijinhos,

Dani

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Vai sobrar para mim!




Ontem, almocinho sem compromisso na casa de minha mãe com as irmãs reunidas. Refastelada no sofá com meu blaster barrigão, inocente, praticamente uma vítima! Eis que surge um assunto cheio de segundas intenções...

Minha irmã mais nova, negação assumida na cozinha, lembrou que daria um jantar na sexta feira e me perguntou como fazer uma carne no forno sem que ela esturrique, encolha e fique sem gosto. Posso garantir que, segundo experiências passadas, não exagerou. Ela e carne no forno não se comunicam!!!

Bom, dei uma receitinha básica, tipo um braseado, que pelo menos não tem como esturricar, encolhe pouco e se ficar sem sabor é só completar com o molho. Como acabou a receita? Sobrou para minha amável pessoa barriguda fazer o fundo para que ela tente a receita. Ah irmãs mais novas!!!



Não satisfeita com a história, deu seguimento a prosa, e eu querendo entender o rumo da mesma. Acabou onde se acaba o jantar: na sobremesa. Com a maior cara deslavada ela me diz que iria comprar qualquer coisa para depois do jantar. Sugeri qualquer doce que nem me lembro, quando como que por um impulso (previamente pensado, eu acho), ela pula do sofá e me pergunta: Você não está a fim de fazer uma pana cotta?

A barriga até tremeu, mas como é muito fácil de ser feito, não só concordei como sugeri uma calda de Mirtilo com redução de Merlot. Nesse momento pensei que o almoço não me fizera bem! Estava alucinando, mas enfim antes de me censurar a sugestão já havia saltado boca a fora. Ela amou a idéia, e quando me dei conta já ditava a lista para ela fazer a compra dos ingredientes! Pas de probleme!

Na verdade estava louca para provar esta calda e posso dizer que ficou muito boa! Desta vez a pana cotta não talhou e o merlot deu o toque chuchu de sua presença!

Segue a receita da calda



Calda de mirtilo em redução de Merlot

750 ml de vinho merlot (please, de boa procedência)
1 xícara de chá de açúcar refinado
300 g de mirtilos frescos (senão achar use o congelado)

Leve o vinho com o açúcar em fogo baixo e deixe reduzir até estar em ponto de calda (eu gosto de uma calda mais encorpada). Coloque os mirtilos, deixe no fogo por mais 5 minutos, desligue o fogo e tampe a panela. Deixe esfriar e sirva com a pana cotta.

Para mim essa calda pode ser utilizada de mil maneiras, realmente muito versátil!
Espero que gostem...
beijinhos
Dani

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